A História do Diam. de Gould
O diamante de gould (Chloebia Gouldiae ) é um dos pássaros com mais variedade de cor que existe e por isso é igualmente um dos mais criados em cativeiro. É oriundo do continente Australiano, e foi abundantemente importado, até que alguns criadores utilizando os bengalins do japão como amas, conseguiram que os mesmos se reproduzissem, apesar dos resultados quantitativos.
O gould não é que seja um mau criador dos seus próprios filhos, só que como está sujeito as dimensões das nossas gaiolas, talvez não disponha dos estímulos suficientes para alimentar os seus filhos. Com o passar do tempo as fêmeas perderam o instinto de chocar e criar.
No seu ambiente natural, o gould apresenta três variedades: o de cabeça vermelha, o de cabeça negra (preta) e o de cabeça laranja (amarela). Habita essencialmente em zonas próximas de cursos de água e de eucaliptos. A sua alimentação é essencialmente granívora.
Migrador parcial durante a estação das chuvas, regressa na altura do ciclo reprodutivo (Janeiro). Normalmente constrói o ninho numa cavidade natural, forrando-o com ervas secas. Põe de 4 a 5 ovos de cor esbranquiçada. Os jovens nascem completamente sem penas, depois de três semanas de choco.
A independência dos seus pais dá-se por volta dos 45 dias.
Em cativeiro o diamante alimenta-se de uma mistura de sementes. As espigas de milho alvo são muito apetitosas e bastante necessárias na altura dos jovens começarem a comer sozinhos.
Se a alimentação for correcta e durante a criação não se desenvolverem ácaros, a plumagem do diamante de gould irá manter-se sempre limpa e brilhante.
Como ninho, deve utilizar-se o de duplo compartimento, pois é o único que nos dá a garantia da escuridão necessária.
Até aos nossos dias, as mutações de cor devidamente fixadas são três: "azul", " peito branco" e "pastel ". Das mutações citadas, a azul e o peito branco são recessivas, enquanto que a pastel é ligada ao sexo e de dominância parcial, com a particularidade dos exemplares heterozigóticos para este factor, manifestam uma redução de 50% de eumelanina, com respeito a forma ancestral.
A seleção do diamante de gould não é nada fácil e fazer coincidir os desenhos e a cor estipulada pelos critérios de julgamento é realmente difícil, mas os criadores com o tempo conseguiram dar um passo de gigante, transformando aquele gould pequeno e sem qualidade, num autentico exemplar de exposição, de tamanho enorme e possuidor de cores e desenhos limpos e bem marcados.
Para terminar o artigo, faço referência a selecção das mutações de cor conseguidas da criação do diamante de gould quase inteiramente branco. Este é o jogo da investigação, mas deixo as seguintes palavras para reflexão:
" Apesar de um diamante "pastel", "amarelo", com a sua cabeça vermelha ser muito atrativo, jamais o poderá ser tanto como o que a natureza criou, quero dizer, o ancestral"
João Carlos